Da civilização à barbárie, o caminho errado para as pessoas no Brasil.
participação semanal do presidente do PT São Carlos, Erick Silva, no jornal Primeira Página.
Há quatro anos escrevi uma série de textos que foram publicados no Jornal Primeira Página e nas redes sociais, no qual descrevi o processo de retirada de direitos (construídos após a redemocratização da década de 1980) e a retomada da barbárie como forma de atuação do Estado pós golpe de 2016.
Nas Ciências Sociais o processo de construção de direitos e consolidação da cidadania faz parte do que é chamado “processo civilizatório”.
Reafirmo que o Brasil vem se deslocando no sentido contrário a civilização. A barbárie é o horizonte do povo do nosso país, em algum lugar entre 1888 com a Lei áurea e a greve geral de 1917 que impactou as oligarquias de então e desembocou na forma de tutela, direitos e a CLT a partir da década de 30. A constituição de 1988 foi certamente o símbolo do avanço da civilização no Brasil, e assim hoje é alvo dos bárbaros.
Só para lembrar, no final de 2016 com o golpe ainda quente no Congresso, foi aprovada a PEC DA MORTE que garante todo o crescimento que houver no país pelos próximos 20 anos para os bancos, e proíbe que sejam investidos em saúde, educação ou qualquer fim que seja direitos ao cidadão brasileiro.
Na sequência, em 2017, foi empurrada a reforma trabalhista goela abaixo do povo trabalhador, que conta hoje quase 15 milhões de desempregados. Eram cerca de 13milhões quando a mentira foi publicada junto com a promessa de “abrir mão” de direitos por emprego.
Em 2019 o golpe avançou sobre a previdência, manteve e ampliou privilégios de poucos e retirou direitos de quem mais precisa, típico de governos e congressos atrelados a elites e avesso ao povo.
Em consonância com o Brasil, São Carlos passa um período de anestesia. Depois de um governo do PSDB (2013 a 2016) que garantiu o título inconteste de pior prefeito da história; temos o segundo mandato sem prefeito que lidera os destinos da nossa cidade, que não produz uma só política pública que dê resultado para as pessoas que vivem aqui, ignorando o potencial absurdo que dispomos.
Nesse novo período gostarei de expor minhas idéias a respeito de como superar as dificuldades das pessoas trabalhadoras, que tem sido meu cotidiano nos últimos 20 anos; e de projetos para a cidade de São Carlos, cidade maravilhosa e que precisa de liderança para avançar.
Espero que acompanhem e que eu possa contribuir para a construção de um país melhor para todas as pessoas.